BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A MULTIPROPRIEDADE IMOBILIÁRIA
Abstract
A multipropriedade permite o aproveitamento compartilhado no tempo de um imóvel, configurando inegáveis vantagens econômicas, sociais e turísticas, tendo sido recentemente introduzida no ordenamento jurídico brasileiro. A falta de regulamentação ou previsão sempre foi o grande obstáculo para a sua utilização, trazendo acentuado risco e incerteza jurídica. A utilização do novo instituto demanda análise multidisciplinar porque além do direito civil, tem relação direta com os direitos registral, tributário, consumerista e urbanístico, mas antes disso é imprescindível identificar claramente sua natureza jurídica e estudar a forma adotada, sendo este o principal objetivo de nossa investigação. O aspecto histórico da multipropriedade no Brasil foi fundamental também para a compreensão da evolução jurídica do instituto e foram relacionados os principais precedentes jurisprudenciais aplicados. Entre as diversas espécies de multipropriedade existentes, a que mais tinha sido aplicada era a condominial (pro indiviso), no entanto, as dificuldades inerentes ao condomínio como a vocação natural e extinção e direito de preferência, embaraçavam a sua regular utilização, levando o legislador à criação de uma nova forma condominial que é agora denominada multiproprietária.References
BARROS MONTEIRO, Washington. Curso de Direito Civil. Direito das Coisas. 34ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 1998.
BEVILAQUA, Clóvis. Código Civil dos Estados Unidos do Brasil comentado. Volume III. 9ª edição. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves.
CAMBLER, Everaldo Augusto. Incorporação imobiliária. Ensaio de uma teoria geral. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1993.
CARVALHO, Afrânio. Registro de Imóveis. 2ª edição. Rio de Janeiro: Forense, 1977.
CHALHUB, Melhim Namem. Incorporação imobiliária. 4º edição. São Paulo: Forense, 2017.
DIP, Ricardo Henry Marques Dip. "Sobre a qualificação no Registro de Imóveis". Revista de Direito Imobiliário 29, jan./jun. de 1992.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Volume 4: Direito das Coisas. 33ª edição. São Paulo: Saraiva, 2019.
GARCIA, José Manuel. Derecho Inmobilario Registral o Hipotecario. Tomo III. Madrid: Civitas, 2002.
MALUF, Carlos Alberto Dabus. O condomínio edilício no novo Código Civil. São Paulo: Saraiva, 2004.
MELO, Marcelo Augusto Santana de. Multipropriedade Imobiliária. Revista de Direito Imobiliário. v.70. Ano 34. jan.-jun. de 2011. São Paulo: Revista dos Tribunais.
NERY, Rosa Maria de Andrade. Código civil comentado. 11ª edição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
PAU PEDRÓN, Antonio. Configuración jurídica de La multipropiedad en España. Revista Crítica de Derecho Inmobiliario. Año LXIV; Número 584; enero febrero 1988.
PEREIRA, Caio Mário da Silva Pereira. Condomínio e Incorporações. 4ª edição. Rio de Janeiro / São Paulo: Forense, 1981.
PERLINGIERI, Pietro. O Direito Civil na Legalidade Constitucional. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.
PICAZO, Luis Diéz. Sistema de Derecho Civil. Volumen III. Derecho de cosas y Derecho Inmobiliario Registral, 7º edição. Madrid: Ed. Tecnos, 2004.
QUIRÓS, Manuel Peña Bernaldo de. Derechos Reales. Derecho Hipotecario, 4ª edición, Tomo II, Madrid: 2001.
RUIZ-RICO RUIZ, José Manuel/CAÑIZARES LASO, Ana (coordenadores). Multipropriedad y Aprovechamiento por turno. Madrid: Editora Civitas, 2000.
SANTOS, Flauzilino Araújo. Condomínio e incorporações no Registro de Imóveis. São Paulo: Mirante, 2012.
SANTOS, J.M. Carvalho. Código Civil Brasileiro interpretado.Volume X. 12ª edição. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos, 1982.
SILVA FILHO, Elvino. Questões de Condomínio no Registro de Imóveis. São Paulo: Malheiros, 1999.
TEPEDINO, Gustavo. Multipropriedade imobiliária. São Paulo: Saraiva, 1993.
VIEGAS DE LIMA, Frederico Henrique. Aspectos teóricos da multipropriedade no Direito brasileiro, Revista dos Tribunais, 658/40.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
A publicação na Revista Pensamento Jurídico implica a aceitação das condições da Cessão de Direitos Autorais de Colaboração Autoral Inédita, e Termo de Responsabilidade, que serão encaminhados ao(s) autor(es) com o aceite.