ALGORITMO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: DE AVANÇO TECNOLÓGICO À FERRAMENTA DISCRIMINATÓRIA E DE RESTRIÇÃO À EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL À LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Autores

  • MARIA EDUARDA TREVISAN KROEFF
  • BRUNO COZZA SARAIVA

Resumo

Liberdade é a essência do ser humano. Ter liberdade traduz a possibilidade, respeitando os limites legais, de ir e vir, de empreender, de crer, de se relacionar, de pensar e de se manifestar. O que seria da vida sem liberdade? Com base neste questionamento, é que o direito à liberdade é considerado direito fundamental do ser humano e, portanto, inviolável, irrenunciável e irrevogável, salvo nos casos previstos em lei. Com a ascensão da sociedade da informação, fortemente marcada pela presença dos algoritmos de inteligência artificial, o presente trabalho buscará compreender se os algoritmos asseguram ou restringem a liberdade constitucional de manifestação do pensamento. O problema que informa esta pesquisa indaga: os algoritmos de inteligência artificial, tanto no Brasil quanto na Itália, asseguram ou restringem a liberdade constitucional de manifestação do pensamento? Para contemplar o problema apresentado, exigiu-se a investigação do liberalismo enquanto fenômeno histórico e a análise das legislações italiana e brasileira acerca do direito à liberdade de expressão e da inteligência artificial. Será utilizada uma metodologia de abordagem fenomenológico-hermenêutica, métodos de procedimento histórico e monográfico, juntamente com a técnica de pesquisa por documentação indireta. Por meio da análise de livros, legislações e artigos científicos fora possível perceber que, além de ferirem direitos fundamentais, os algoritmos, que deveriam estar conectados à Constituição dos Estados Democráticos de Direito, acabam por corroer as bases da estatalidade moderna.

Biografia do Autor

MARIA EDUARDA TREVISAN KROEFF

Advogada. Mestra em Direito Privado Europeu pela Universidade Mediterrânea di Reggio Calabria, Itália. Pós-graduada em Direitos Negócios pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS. Pós-graduada em Direito e Gestão do Agronegócio pelo Verbo Jurídico. Graduada em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Unisinos, com período de estudos na Universidade Loyola Andalucía, Espanha. Advogada e consultora jurídica.

BRUNO COZZA SARAIVA

Professor do Mestrado Internacional em Direito Privado Europeu da Università Mediterranea di Reggio Calabria. Realiza estágio pós-doutoral em Direito no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Piauí - UFPI. Pós-graduando em Direito e Processo Constitucional na Academia Brasileira de Direito Constitucional, ABDConst. Realizou estágio pós-doutoral em Novas Tecnologias e Direito no MICHR (Mediterranea International Centre for Human Rights Research) da Università degli Studi Mediterranea di Reggio Calabria. Doutor em Direito Público (Hermenêutica, Constituição e Concretização de Direitos) na Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS. Mestre em Direito Público (Hermenêutica, Constituição e Concretização de Direitos) na Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS. Pós-graduado em Direito Penal Econômico Aplicado pela Escola Superior da Magistratura Federal no Rio Grande do Sul - ESMAFE. Realizou curso de Aperfeiçoamento em Teoria do Estado e Teoria da Constituição na Università Degli Studi Firenze, UNIFI, Itália (2018). Advogado e Consultor Jurídico

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Publicado

2023-09-18

Como Citar

TREVISAN KROEFF, MARIA EDUARDA; COZZA SARAIVA, BRUNO. ALGORITMO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: DE AVANÇO TECNOLÓGICO À FERRAMENTA DISCRIMINATÓRIA E DE RESTRIÇÃO À EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL À LIBERDADE DE EXPRESSÃO . Revista Pensamento Jurídico, São Paulo, Brasil, v. 17, n. 1, 2023. Disponível em: https://ojs.unialfa.com.br/index.php/pensamentojuridico/article/view/718. Acesso em: 21 dez. 2024.

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Artigos