INTERPRETAÇÃO DO RISCO À CRIANÇA NA CONVENÇÃO DA HAIA SOBRE OS ASPECTOS CIVIS DO SEQUESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS (ART. 13, B): JURISPRUDÊNCIA, DOUTRINA E OPINIO IURIS DOS ESTADOS PARTES

Autores

  • MATHEUS PRESOTTO E SILVA
  • CARLOS EDUARDO DE CASTRO E SILVA CARREIRA

Resumo

Trata-se de resultado da pesquisa engendrada pelo Grupo de Pesquisa em Fontes do Direito Internacional Privado e o Brasil (GPDIPr), que se debruçou sobre o estudo analí­tico, qualitativo, quantitativo e crí­tico da Convenção da Haia sobre aspectos civis do sequestro internacional de menores. A pesquisa bibliográfica envolveu o levantamento de dados de todos os paí­ses signatários da referida convenção, bem como dados de cortes e tribunais domésticos e internacionais, com especial foco nos processos baseados na convenção no âmbito da Corte Europeia de Direitos Humanos e nos tribunais brasileiros. A organização e sistematização dos dados foram fundamentais para responder às inquietações do grupo, acerca da interpretação dos dispositivos do tratado e de sua efetividade prática nos casos de rapto de menores por seus genitores. O presente artigo revela uma das facetas da pesquisa, acerca da interpretação e da aplicação do artigo 13, B da Convenção, que versa sobre o conceito de "Risco à Criança". O trabalho buscou revelar como os Estados que ratificaram o tratado compreendem esse conceito e como ele é aplicado pelas jurisdições doméstica, evidenciando que o uso deste dispositivo nem sempre atende ao melhor interesse da criança, assim, criando distorções e usos ideológicos desta exceção convencional ao imediato retorno do menor ao seu habitual domicí­lio.

Biografia do Autor

MATHEUS PRESOTTO E SILVA

Advogado e Consultor Jurí­dico. Graduado em Direito na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Especialista em Direito Internacional pelo CEDIN, pós-graduação realizada com bolsa de 100% concedida pela Academia Brasileira de Direito Internacional (ABDI). Pesquisador junto ao Departamento de Direito Internacional e Comparado da FD-USP (CEDMAR e GPDIPr). Coordenador do núcleo III de pesquisa do Centro Internacional de Direitos Humanos da Academia Paulista de Direito (CIDH-APD). Coordenador do projeto integrador "Direitos Humanos e Meio Ambiente" e Assistente editorial do portal Direito Internacional sem Fronteiras (DIsF).

CARLOS EDUARDO DE CASTRO E SILVA CARREIRA

Coordenador do Grupo de Estudos sobre a Proteção Internacional de Minorias da Universidade de São Paulo (GEPIM-USP). Advogado, Membro e Conselheiro (Cientí­fico e de Ética e Disciplina) do Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero (GADvS). Mestrando em Direito Internacional e Comparado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Largo São Francisco, FD-USP), com financiamento do Fundo Sasakawa de Bolsas para Jovens Lí­deres (SYLFF, Japão). Negociador diplomado pelo Instituto de Relações Internacionais da USP, Especializando em Direito de Famí­lia e Sucessões pela Escola Paulista de Direito e Bacharel em Direito pela Universidade Estadual Paulista, campus de Franca (UNESP). Pesquisador do Grupo de Pesquisa sobre a Pluralidade das Fontes no Direito Internacional Privado e o Brasil (GPDIPr) e Pesquisador do Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes (GRACIAS), ambos vinculados í  USP. Representante Discente da Pós-Graduação nas Comissões do Programa de Apoio ao Ensino e Pós- Graduação da FD-USP (mandato 2018-2019). Possui ênfase nas seguintes áreas de estudo: Direito Internacional Privado e Público, Direitos Humanos, Direito das Famí­lias e Sucessões, Estudos de Sexualidades e Gêneros, Contextos Islâmicos e Árabes.

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Publicado

2022-01-08

Como Citar

PRESOTTO E SILVA, MATHEUS; DE CASTRO E SILVA CARREIRA, CARLOS EDUARDO. INTERPRETAÇÃO DO RISCO À CRIANÇA NA CONVENÇÃO DA HAIA SOBRE OS ASPECTOS CIVIS DO SEQUESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS (ART. 13, B): JURISPRUDÊNCIA, DOUTRINA E OPINIO IURIS DOS ESTADOS PARTES. Revista Pensamento Jurídico, São Paulo, Brasil, v. 15, n. 3, 2022. Disponível em: https://ojs.unialfa.com.br/index.php/pensamentojuridico/article/view/545. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

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Artigos