Epistemología de la educación inclusiva: tensiones neo-materialistas para un mundo desconocido

Abstract

Descolonização é uma categoria que expressa múltiplos significados e ênfases em várias latitudes do mundo. A epistemologia da educação inclusiva consolida um quadro de análise para desafiar e interromper os modos canônicos de produção de conhecimento herdados do logocentrismo, compartilha com o feminismo a necessidade de criar conceitos que contribuam para a leitura crítica do presente, tarefa que sob nenhum ponto de vista estranho ao político; é algo que invade o logos. O objetivo deste trabalho consiste em reunir um repertório crítico de argumentos que permitam desestabilizar a força do logos e, com eles, deslocar os modos convencionais de produção do conhecimento vinculados a cada uma das vertentes genealógicas que criam e produzem conhecimento da educação inclusiva. Esta será entendida como uma das principais tarefas críticas para descolonizar os signos político-éticos, heurísticos e metodológicos de um projeto neo-colonizador. Também investiga a ação copulativa que constrói a interação das duas seções da frase 'educação inclusiva', ou o que existe entre os dois termos ou os múltiplos usos de 'e' na configuração heurística da frase. A metodologia utilizada neste trabalho foi a revisão documental crítica. Conclui-se que a educação inclusiva como dispositivo heurístico produz novos conhecimentos e ângulos de visão, materializados em um projeto acadêmico pós-disciplinar singular, no qual convergem diversas posições teóricas e políticas, bem como movimentos sociais críticos e genealogias intelectuais de diversas magnitudes, responsável por uma estrutura singular de heterogeneidade radical. Por fim, a circunscrição intelectual denominada ‘educação inclusiva’ enfrenta heuristicamente um dilema definidor: não pode ser definida nos paradigmas de nenhuma disciplina atual, é isso que faz com que o corpus de fenômenos que a constituem esteja em permanente movimento e devir.