A SOCIOLOGIA JURÍDICA NO "MERCADO COMUM ENTRE AS CIÊNCIAS SOCIAIS": NOTAS SOBRE A INTERDISCIPLINARIDADE A PARTIR DA OBRA DE JOSÉ EDUARDO FARIA

Autores

  • ORLANDO VILLAS BOAS Universidade de São Paulo

Resumo

Este artigo, com base na obra de José Eduardo Faria, pretende discutir a importância da pesquisa interdisciplinar no campo dos estudos sociojurí­dicos. Assim, procura, inicialmente, reconstruir a análise do autor acerca do impacto da globalização econômica sobre a regulação jurí­dica e, em meio a essa questão, o tratamento por ele dado ao tema do pluralismo jurí­dico. Em seguida, com o intuito de sublinhar os aportes que a antropologia jurí­dica fornece à abordagem sociológica do direito realizada por José Eduardo Faria, é examinada a maneira pela qual o autor fundamenta a sua análise dos tipos de ordens normativas e suas respectivas práticas judiciais na investigação feita por Norbert Rouland sobre as diversas formas de resolução de conflitos. Finalmente, com o propósito de enfatizar o caráter frutí­fero dos potenciais aportes da antropologia jurí­dica para a perspectiva sociológica de José Eduardo Faria, é feito um breve excurso pela teoria do multijuridismo de Étienne Le Roy.

Biografia Autor

ORLANDO VILLAS BOAS, Universidade de São Paulo

Professor Doutor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e Professor Associado da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Graduação e Licenciatura em História pela Universidade de São Paulo. Graduação em Direito pela Pontifí­cia Universidade Católica de São Paulo. Graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Mestrado em Direito e Doutorado em Direito, na área de concentração Filosofia e Teoria geral do Direito, pela Universidade de São Paulo. Pós-Doutrado na Univertité de Paris X Nanterre, França. Pós-Doutorado na École Normale Supérieure de Paris, França

Referências

ALLIOT, Michel. Antropologia jurí­dica. In: ARNAUD, André-Jean (Dir.). Dicionário enciclopédico de teoria e de sociologia do direito. Tradução de Patrice Charles, F. X. Willaume. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 1999. p. 45-47.

ARNAUD, André-Jean. Critique de la raison juridique, 1. Où va la sociologie du droit? Paris: LGDJ, 1981.

______. Critique de la raison juridique, 2. Gouvernants sans frontières. Entre mondialisation et postmondialisation. Paris: LGDJ, 2003.

______. De la régulation par le droit í l'heure de la globalisation. Quelques observations critiques. Droit et Société, nº 35, p. 11-35, 1997.

______. Droit et société: du constat í la construction d'un champ commun. Droit et Société, nº 20-21, p. 17-38, 1992.

______. Entre modernité et mondialisation. Leçons d'histoire de la philosophie du droit et de l'État. 2. ed. Paris: LGDJ, 2004.

______. Jean Carbonnier. Un juriste dans la cité. Paris: LGDJ, 2012.

______. La gouvernance. Un outil de participation. Paris: LGDJ, 2014.

BAILLEUX, Antoine; OST, François. Droit, contexte et interdisciplinarité: refondation d'une démarche. Revue Interdisciplinaire d'Études Juridiques, v. 70, nº 1, p. 25-44, 2013.

BECK, Ulrich. O que é globalização? Equí­vocos do globalismo: respostas í globalização. Tradução de André Carone. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

BERIAIN, Josetxo. Representaciones colectivas y proyecto de modernidad. Barcelona: Anthropos, 1990.

BOURDIEU, Pierre. Habitus, code et codification. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, v. 64, p. 40-44, 1986.

______. La domination masculine. Paris: Éditons du Seuil, 1998.

______. La force du droit. Éléments pour une sociologie du champ juridique. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, v. 64, p. 3-19, 1986.

______. Les juristes, gardiens de l'hypocrisie collective. In: CHAZEL, François; COMMAILLE, Jacques (Dir.). Normes juridiques et régulation sociale. Paris: LGDJ, 1991. p. 95-99. (Collection Droit et société.)

______. Sur l' État. Cours au Collège de France 1989-1992. Paris: Seuil, 2012.

______; CHAMBOREDON, Jean-Claude; PASSERON, Jean-Claude. Le métier de sociologue. 5. ed. Berlin: Mouton de Gruyter, 2005.

______; CHARTIER, Roger. Le sociologue et l'historien. Paris: Agone & Raisons d'agir, 2010.

BRAUDEL, Fernand. Historie et sciences sociales: la longue durée. Annales. Économies, Sociétés, Civilisations, nº 4, p. 725-753, 1958.

CAILLOSSE, Jacques. La sociologie politique du droit, le droit et les juristes. Droit et Société, nº 77, p. 187-206, 2011.

CAMPILONGO, Celso Fernandes. Direito e democracia. 2. ed. São Paulo: Max Limonad, 2000.

______. Direito e diferenciação social. São Paulo: Saraiva, 2011.

______. Interpretação do direito e movimentos sociais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

CAPELLER, Wanda. De que lugar falamos? Retomando um velho papo sobre o Direito e a Sociologia. Revista de Estudos Empí­ricos em Direito, v. 2, nº 2, p. 10-25, jan. 2015.

CARBONNIER, Jean. Sociologie juridique. 2. ed. Paris: PUF, 2008.

CASTEL, Robert. Les métamorphoses de la question sociale: une chronique du salariat. Paris: Gallimard, 1995.

CHEVALLIER, Jacques. La régulation juridique en question. Droit et Société, nº 49, p. 827-846, 2001.

______. L'État post-moderne. 3. éd. Paris: LGDJ, 2008.

COMMAILLE, Jacques. À quoi nous sert le droit? Paris: Gallimard, 2015.

______. À quoi nous sert le droit pour comprendre sociologiquement les incertitudes des sociétés contemporaines? SociologieS [En ligne], Dossiers, Sociétés en mouvement, p. 1-12, 2016. Disponí­vel em: <http://sociologies.revues.org/5278>. Acesso em: 7 mar. 2016.

______. De la "sociologie juridique" í une sociologie politique du droit. In: ______; DUMOULIN, Laurence; ROBERT, Cécile (Dir.). La juridicisation du politique. Paris: LGDJ, 2010. p. 29-51

______. La déstabilisation des territoires de justice. Droit et Société, nº 42/43, p. 239-264, 1999.

______. La juridicisation du politique. Entre réalité et conaissance de la réalité. En guise de conclusion. In: ______; DUMOULIN, L.; ROBERT, C. (Dir.). La juridicisation du politique. Paris: LGDJ, 2010. p. 199-210.

______. La justice entre détraditionnalisation, néolibéralisation et démocratisation: vers une théorie de sociologie politique de la justice. In: ______; KALUSZYNSKI, Martine. (Dir.). La fonction politique de la justice. Paris: La Découverte, 2007. p. 295-321.

______. Le droit dans le politique. Actualité d'un projet (Postface). In: ______; DUMOULIN, L.; ROBERT, C. (Dir.). La juridicisation du politique. Paris: LGDJ, 2010. p. 211-226.

______. Métamorphoses de la justice et nouveaux régimes de régulation sociale et politique des sociétés contemporaines. In: ______ ; ALBE, Virginie; LE BOT, Florent (Dir.). L'échelle des régulations politiques, XVIIIe-XXIe siècles: l'histoire et les sciences sociales aux prises avec les normes, les acteurs et les institutions. Villeneuve d'Ascq: Presses Universitaires de Septentrion, 2019. p. 223-245.

______. Nouvelle économie de la légalité, nouvelles formes de justice, nouveau régime de connaissance. L'anthropologie du droit avait-elle raison? In: EBERHARD, C.; VERNICOS, G. (Ed.). La quête anthropologique du droit. Autour de la démarche d'Étienne Le Roy. Paris: Karthala, 2006. p. 351-368.

______. Uma sociologia polí­tica do direito. Revista da Faculdade de Direito da USP, v. 108, p. 929933, jan.-dez. 2013.

______; DUMOULIN, Laurence. Heurs et malheurs de la légitimité dans les sociétés contemporaines. Une sociologie politique de la "judiciarisation". L'Année Sociologique, v. 59(1), p. 63-107, 2009.

DELMAS-MARTY, Mireille. Le flou du droit. Paris: PUF, 2004.

______. Les forces imaginantes du droit (II). Le pluralisme ordonné. Paris: Seuil, 2006.

______. Libertés et sûreté dans un monde dangereux. Paris: Seuil, 2010.

DELPEUCH, Thierry; DUMOULIN, Laurence; GALEMBERT, Claire de. Sociologie du droit et de la justice. Paris: Armand Colin, 2014.

DUMONT, Hugues; BAILLEUX, Antoine. Esquisse d'une théorie des ouvertures interdisciplinaires accessibles aux juristes. Droit et Société, nº 75, p. 275-293, 2010.

EBERHARD, Christoph. Le Droit au miroir des cultures. Pour une autre mondialisation. Paris: LGDJ, 2010.

______. Para uma teoria jurí­dica intercultural – o desafio dialógico. Revista Direito e Democracia, v. 3, nº 2, p. 489-530, jul.-dez. 2002.

______. Penser le pluralisme juridique de manière pluraliste – Défi pour une théorie interculturelle du droit. Cahiers d'Anthropologie du droit 2003 (Les pluralismes juridiques). Paris: Karthala, 2003. p. 5163.

FAGET, Jacques. Les vies écartelées de la médiation. Jurisprudence – Revue Critique, nº 4 (La médiation. Entre renouvellement de l'offre de justice et droit), p. 143-150, 2013.

FAORO, Raymundo. Existe um pensamento polí­tico brasileiro? In: ______. A república inacabada. São Paulo: Globo, 2007. p. 53 e ss.

FARIA, José Eduardo. A função social da dogmática jurí­dica e a crise do ensino jurí­dico. In: ______. Baú de ossos de um sociólogo do direito. Curitiba: Juruá, 2018. p. 15-50.

______. A globalização econômica e sua arquitetura jurí­dica (dez tendências do direito contemporâneo). In: ______. Baú de ossos de um sociólogo do direito. Curitiba: Juruá, 2018. p. 237-258.

______. Comentário jurí­dico. In: LIMA, Antonio Carlos de Souza (Coord.). Antropologia & direito: temas antropológicos para estudos jurí­dicos. Brasí­lia/Rio de Janeiro/Blumenau: Associação Brasileira de Antropologia/LACED/Nova Letra, 2012. p. 309-316.

______. Corrupção, justiça e moralidade pública. São Paulo: Perspectiva, 2019.

______. Eficácia jurí­dica e violência simbólica: o direito como instrumento de transformação social. São Paulo: Edusp, 1988.

______. Estado, sociedade e direito. In: ______; KUNTZ, Rolf. Qual o futuro dos direitos? Estado, mercado e justiça na reestruturação capitalista. São Paulo: Max Limonad, 2002. p. 53-130.

______. Juristas fora da curva: três perfis. In: ______. Baú de ossos de um sociólogo do direito. Curitiba: Juruá, 2018, p. 73-112.

______. O direito na economia globalizada. São Paulo: Malheiros, 2002.

______. O Estado e o direito depois da crise. São Paulo: Saraiva, 2011.

______. Policentrismo x soberania: as novas ordens normativas. In: ______. Baú de ossos de um sociólogo do direito. Curitiba: Juruá, 2018. p. 259-274.

______. Sociologia jurí­dica: direito e conjuntura. São Paulo: Saraiva, 2010.

______; CAMPILONGO, Celso Fernandes. A sociologia jurí­dica no Brasil. Porto Alegre: Fabris, 1991.

FOESSEL, Michaël; KERVÉGAN, Jean-François; REVAULT D'ALLONNES, Myriam (Dir.). Modernité et sécularisation. Hans Blumenberg, Karl Löwith, Carl Schmitt, Leo Strauss. Paris: CNRS Éditions, 2007.

GARCÍA VILLEGAS, Mauricio. Les pouvoirs du droit : analyse comparée d'études sociopolitiques du droit. Paris: LGDJ, 2015.

______. On Pierre Bourdieu's legal thought. Droit et Société, nº 55-57, p. 57-70, 2004.

GOFFMAN, Erving. Calmer le jobard: quelques aspects de l'adaptation í l'échec. In: JOSEPH, Isaac (Éd.). Le parler frais d'Erving Goffman. Paris: Éditions du Minuit, 1989. p. 277-300.

GONÇALVES, Guilherme Leite; VILLAS BÔAS FILHO, Orlando. Teoria dos sistemas sociais: direito e sociedade na obra de Niklas Luhmann. São Paulo: Saraiva, 2013.

GUERRA FILHO, Willis Santiago; CARNIO, Henrique Garbellini. Introdução í sociologia do direito. São Paulo: RT, 2016.

GUIBENTIF, Pierre. Foucault, Luhmann, Habermas, Bourdieu. Une génération repense le droit. Paris: LGDJ, 2010.

HALPÉRIN, Jean-Louis. Profils des mondialisations du droit. Paris: Dalloz, 2009.

HARDT, Michael; NEGRI, Antonio. Empire. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 2000.

HARTOG, François. De l'histoire universelle í l'histoire globale? Expériences du temps. Le Débat: histoire, politique, société, nº 154, p. 55, Mars-Avril 2009.

______. Régimes d'historicité. Présentisme et expériences du temps. Paris: Seuil, 2012.

HOLANDA, Sérgio Buarque. Raí­zes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

LE ROY, Étienne. La médiation mode d'emploi. Droit et Société, nº 29, p. 39-55, 1995.

______. La terre de l'autre. Une anthropologie des régimes d'appropriation foncière. Paris: LGDJ, 2011.

______. Le jeu des lois. Une anthropologie "dynamique" du Droit. Paris: LGDJ, 1999.

______. Le pluralisme juridique aujourd'hui ou l'enjeu de la juridicité. Cahiers d'anthropologie du droit 2003. Les pluralismes juridiques. Paris: Karthala, 2003. p. 7-15.

______. Le tripode juridique. Variations anthropologiques sur un thème de flexible droit. L'Année Sociologique, nº 2, v. 57, p. 341-351, 2007.

______. Les africains et l'institution de la justice. Entre mimétismes et métissages. Paris: Dalloz, 2004.

______. Les fondements de la socialisation juridique, entre droit et juridicité. Cahiers d'anthropologie du droit 2010. Pratiques citoyennes de droit. Paris: Karthala, 2011. p. 169-192.

______. L'hypothèse du multijuridisme dans un contexte de sortie de la modernité. In: LAJOIE, André; MACDONALD, Roderick A.; JANDA, Richard; ROCHER, Guy. Théories et émergence du droit: pluralisme, surdétermination et effectivité. Montréal: Les Éditions Thémis, 1998. p. 29-43.

______. Place de la juridicité dans la médiation. Jurisprudence – Revue Critique, nº 4 (La médiation. Entre renouvellement de l'offre de justice et droit), p. 193-208, 2013.

______. Pour une anthropologie de la juridicité. Cahiers d'anthropologie du droit 2004. Anthropologie et droit – intersections et confrontations. Paris: Karthala, 2004. p. 241-247.

LOPES, José Reinaldo de Lima; FREITAS FILHO, Roberto. Law and society in Brazil at the crossroads: a review. Annual Review of Law and Social Science, v. 10, p. 91-103, 2014.

LUHMANN, Niklas. Rechtssoziologie. 3. Aufl. Opladen: Westdeutscher Verlag. 1987. [Trad. bras.: Sociologia do direito. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1985. 2 v.]

______. Das Recht der Gesellschaft. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1993. [Trad. esp.: El derecho de la sociedad. México: Herder/Universidad Iberoamericana, 2005; Trad. ingl. Law as a social system. Oxford: Oxford University Press, 2004.]

MALUFE, José Roberto. A retórica da ciência: uma leitura de Goffman. São Paulo: Educ, 1992.

MARTUCCELLI, Danilo. Grammaires de l'individu. Paris: Gallimard, 2002.

______. Sociologies de la modernité. Paris: Gallimard, 1999.

MATTEI, Ugo; NADER, Laura. Plunder: when the rule of law is illegal. Oxford: Blackwell Publishing, 2008.

NEVES, Marcelo. Entre Têmis e Leviatã – uma relação difí­cil: o Estado democrático de direito a partir e além de Luhmann e Habermas. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

NICÁCIO, Camila Silva. Direito e mediação de conflitos: entre metamorfose da regulação social e administração plural da justiça. Revista da Faculdade de Direito da UFMG, nº 59, p. 11-56, jul.-dez. 2011.

______. Médiation face í la reconfiguration de l'enseignement et de la pratique du droit: défis et impasses í la socialisation juridique. Jurisprudence – Revue Critique, nº 4 (La médiation. Entre renouvellement de l'offre de justice et droit), p. 171-191, 2013.

NICOLAU, Gilda. Entre médiation et droit, les enjeux d'une bonne intelligence. Jurisprudence – Revue Critique, nº 4 (La médiation. Entre renouvellement de l'offre de justice et droit), p. 209-235, 2013.

ROULAND, Norbert. Anthropologie juridique. Paris: PUF, 1988.

______. L'anthropologie juridique. 2. ed. Paris: PUF, 1995. (Que sais-je?, 2528.)

______. L'anthropologie juridique française dans le monde contemporain. Revue de la Recherche Juridique, nº 173, v. 3, p. 1039-1065, 2018.

______. Retour du Brésil: impressions d'un juriste anthropologue français. Paris: L'Harmattan, 2018.

______. Nos confins do direito. Tradução de Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

RUDE-ANTOINE, Edwige; CHRÉTIEN-VERNICOS, Geneviève. Introduction. In: ______; ______ (Coord.). Anthropologies et droits: état des savoirs et orientations contemporaines. Paris: Dalloz, 2009. p. 5-23.

______; YOUNÈS, Carole; MILLARD, Éric. Norme, normativité, juridicité. In: RUDE-ANTOINE, Edwige; CHRÉTIEN-VERNICOS, Geneviève (Coord.). Anthropologies et droits: état des savoirs et orientations contemporaines. Paris: Dalloz, 2009. p. 77-106.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A crí­tica da razão indolente: contra o desperdí­cio da experiência (Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a polí­tica na transição paradigmática, v. 1). São Paulo: Cortez, 2002.

______. Por uma concepção multicultural de direitos humanos. In: ______ (Org.). Reconhecer para libertar: os caminhos do cosmopolitismo multicultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. p. 429-461.

STAMFORD DA SILVA, Arthur. Passagens da sociologia do direito no Brasil: formação, expansão e desafios í continuidade. In: FEBBRAJO, Alberto; SOUSA LIMA, Fernando Rister; PUGLIESI, Márcio (Coord.). Sociologia do direito: teoria e práxis. Curitiba: Juruá, 2015. p. 213-227.

TAVOLARI, Bianca; CAMPILONGO, Celso Fernandes; LIMA, Fernando Rister de Sousa; VILLAS BÔAS FILHO, Orlando. Entrevista com o Professor José Eduardo Faria (Parte I). Revista Brasileira de Sociologia do Direito, v. 5, nº 2, p. 195-259, maio-ago. 2018.

TEUBNER, Gunther. Global Bukowina: legal pluralism in the world-society. In: ______ (Ed.). Global law without a State. Aldershot: Dartmouth, 1997. p. 3-28.

VILLAS BÔAS FILHO, Orlando. A análise antropológica no âmbito dos estudos sociojurí­dicos: aportes para a construção de um campo interdisciplinar. Pensamento Jurí­dico, v. 12, nº 2, p. 9-38, 2018.

______. A governança em suas múltiplas formas de expressão: o delineamento conceitual de um fenômeno complexo. Revista Estudos Institucionais, v. 2, nº 2, p. 670-706, 2016.

______. A juridicização e a judiciarização enfocadas a partir da "sociologia polí­tica do direito" de Jacques Commaille. Revista Brasileira de Sociologia do Direito, v. 2, nº 2, p. 56-75, jul.-dez. 2015.

______. A mediação em um campo de análise interdisciplinar: o aporte da teoria do multijuridismo de Étienne Le Roy. Revista Estudos Institucionais, Rio de Janeiro, v. 3, nº 2, p. 1.112-1.162, 2017.

______. André-Jean Arnaud: l'homme derrière l'Å“uvre. Revista da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, v. 112, p. 323-343, jan.-dez. 2017.

______. A regulação jurí­dica para além de sua forma ocidental de expressão: uma abordagem a partir de Étienne Le Roy. Revista Direito & Práxis, v. 6, nº 12, p. 159-195, 2015.

______. As transformações da regulação jurí­dica na sociedade contemporânea: a governança como paradigma (resenha de ARNAUD, André-Jean. La gouvernance. Un outil de participation. Paris: LGDJ, 2014). Revista Direito GV, v. 12, nº 1, p. 251-259, jan.-abr. 2016.

______. Ce que la sociologie juridique de l'Amérique Latine doit í André-Jean Arnaud : l'exemple de l'analyse de l'expérience du Mercosur dans le cadre de son étude de la gouvernance. In: CAPELLER, Wanda; COMMAILLE, Jacques; ORTIZ, Laure (Dir.). Repenser le droit: hommage í André-Jean Arnaud. Paris: LGDJ, 2019. p. 101-110.

______. Juridicidade: uma abordagem crí­tica í monolatria jurí­dica enquanto obstáculo epistemológico. Revista da Faculdade de Direito da USP, v. 109, p. 281-325, jan.-dez. 2014.

______. O desenvolvimento dos estudos sociojurí­dicos: da cacofonia í construção de um campo de pesquisa interdisciplinar. Revista da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, v. 113, p. 251-292, jan.-dez. 2018.

______. O direito como revelador das transformações sociais contemporâneas: a abordagem sociopolí­tica de Jacques Commaille (Resenha de À quoi nous sert le droit. Paris: Gallimard, 2015, de Jacques Commaille). Revista Direito GV, São Paulo, v. 14, nº 1, p. 268-277, jan.-abr. 2018.

______. O direito de qual sociedade? Os limites da descrição sociológica de Niklas Luhmann acerca do direito a partir da crí­tica antropológica. In: FEBBRAJO, Alberto; SOUSA LIMA, Fernando Rister; PUGLIESI, Márcio (Coord.). Sociologia do direito: teoria e práxis. Curitiba: Juruá, 2015. p. 337-366.

______. O impacto da governança sobre a regulação jurí­dica contemporânea: uma abordagem a partir de André-Jean Arnaud. Redes – Revista Eletrônica Direito e Sociedade, v. 4, nº 1, p. 145-171, maio 2016.

______. Por um delineamento conceitual da complexidade social: as experiências do Mercosul e do orçamento participativo na análise de André-Jean Arnaud sobre a governança. Novos Estudos Jurí­dicos, v. 23, nº 2, p. 491-520, 2018.

______. Tendências da análise antropológica do direito: algumas questões a partir da perspectiva francófona (Resenha de Anthropologies et Droits. Paris: Dalloz, 2009, de Edwige Rude-Antoine e Geneviève Chretien Vernicos – Coord.). Revista Direito GV, São Paulo, v. 6, nº 1, p. 321328, jun. 2010.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. O conceito de sociedade em antropologia. In: ______. A inconstância da alma selvagem – e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2002. p. 297-316.

Publicado

2019-12-23

Como Citar

BOAS, ORLANDO VILLAS. A SOCIOLOGIA JURÍDICA NO "MERCADO COMUM ENTRE AS CIÊNCIAS SOCIAIS": NOTAS SOBRE A INTERDISCIPLINARIDADE A PARTIR DA OBRA DE JOSÉ EDUARDO FARIA. Revista Pensamento Jurídico, São Paulo, Brasil, v. 13, n. 2, 2019. Disponível em: https://ojs.unialfa.com.br/index.php/pensamentojuridico/article/view/404. Acesso em: 19 mai. 2024.

Edição

Secção

Artigos