SOCIEDADE DE RISCO, BIOÉTICA E PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO

Autores

  • Marcelo Pereira dos Santos Universidade Estácio de Sá – UNESA
  • Edna Raquel Hogemann Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro- Unirio

Resumo

A dinâmica da medicina tem provocando grande arrepio na sociedade, em virtude dos avanços alcançados no âmbito da biomedicina e da genética que proporcionaram eventos dantes impensados como as técnicas de reprodução assistida, clonagem terapêutica, cirurgias para transmutação de sexo, bem como dos procedimentos clí­nicos voltados ao prolongamento da vida. Esses eventos não se dão sem provocar dilemas éticos que impõem uma reflexão em torno dos limites e graus de aceitabilidade quanto aos métodos e práticas utilizados por profissionais da saúde, biólogos, cientistas, farmacêuticos dentre outros envolvidos na manipulação de material genético e experimentações com seres humanos. Nessa perspectiva, o presente ensaio, a partir da apreciação analí­tica dos paradigmas da Bioética, promove a correlação entre dignidade humana, progresso cientí­fico e direitos fundamentais das futuras gerações sob os influxos decorrentes dos avanços da ciência e da tecnologia numa sociedade caracterizada pelo risco e a ambivalência. A análise das questões suscitadas é promovida com a utilização da metodologia dialético-descritiva, consubstanciada na pesquisa bibliográfica em torno das questões supramencionadas, envolvendo livros, artigos, dissertações e teses publicadas nos dez últimos anos. O referencial teórico tem assento na concepção de riscos e ambivalências, delineados por Ulrich Beck, Franz Josef Brüseke, Anthony Giddens, ZygmuntBauman. O estudo aponta a compreensão da necessária incidência bioética do princí­pio da precaução como farol ético norteador do progresso técnico-cientí­fico e a necessária conciliação entre experimentações e legitimidade das escolhas para a manutenção e evolução da espécie humana.

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Publicado

2015-12-09

Como Citar

SANTOS, Marcelo Pereira dos; HOGEMANN, Edna Raquel. SOCIEDADE DE RISCO, BIOÉTICA E PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO. Revista Pensamento Jurídico, São Paulo, Brasil, v. 7, n. 1, 2015. Disponível em: https://ojs.unialfa.com.br/index.php/pensamentojuridico/article/view/258. Acesso em: 19 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos