INSTITUIÇÕES E COMPETITIVIDADE NO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE DERIVADOS DO COCO
Palavras-chave:
Cocoicultura. Competitividade. Ambiente institucional.Resumo
O agronegócio do coco passou por um processo de reestruturação atribuído ao aumento do consumo mundial de derivados do coco. Apesar de ser o quinto maior produtor, o Brasil ainda não apresenta a cocoicultura como uma atividade consolidada, importando grande volume dos derivados. Com isso, o objetivo deste artigo é comparar e analisar o desempenho das exportações de coco, coco ralado e óleo de coco do Brasil no período de 1980 a 2017, frente aos principais países produtores. Como abordagem teórica, utiliza o conceito de ambiente institucional como um dos direcionadores de competitividade em cadeias agroindustriais. O procedimento metodológico consiste no cálculo de dois indicadores de competitividade no comércio internacional, o Índice de Posição Relativa de Mercado e o Índice de Vantagem Comparativa Revelada. Os resultados mostraram que o Brasil não é competitivo no comércio internacional dos três produtos analisados. As Filipinas e a Indonésia são os países mais competitivos, liderando as exportações mundiais. Concluiu-se que as medidas de proteção a cocoicultura, já adotadas no Brasil, não foram suficientes para elevar os níveis de competitividade.