Riscos da Condução Veicular em Idosos com Demência: contribuições da Neuropsicologia

Autores

  • Elisa Furtado da Silva
  • Rejane Soares Ferreira

Palavras-chave:

Condução Veicular; Idosos; Demência.

Resumo

A direção veicular é na realidade bastante complexa, e depende basicamente de algumas funções cognitivas, motoras e sensório – perceptivas. É importante se estabelecer um consenso para a identificação, avaliação e conduta a ser seguida no cotidiano da prática clínica. Frente ao contexto atual, no qual, para a revalidação da Carteira Nacional de Habilitação de pessoas acima de 65 anos, é exigido apenas exame médico, nota-se a necessidade da Neuropsicologia contribuir com a melhor descrição do desempenho cognitivo desses condutores, discriminando de modo mais eficaz a aptidão para dirigir. O objetivo deste estudo foi o de identificar os riscos da condução veicular em idosos com demência, por meio da descrição das alterações cognitivas que interferem na condução veicular, e da apresentação dos instrumentos neuropsicológicos que descrevem as habilidades necessárias para a condução veicular do idoso. Foi realizada uma revisão integrativa se propondo a apresentar um resumo dos conhecimentos e experiências de estudos empíricos encontrados na pesquisa realizada no portal de Periódicos CAPES e na base de dados PubMed, e que foram publicados no período entre 2012 e 2017. Foram selecionados para esta revisão, somente cinco artigos, e destes todos se referem à literatura internacional. Todos os artigos selecionados abordaram algum aspecto envolvido com as dificuldades de se determinar a aptidão para condução em idosos, deste modo foi possível descrever, mesmo que sucintamente, as alterações cognitivas de idosos com demência, que interferem nesta aptidão. Os testes neuropsicológicos utilizados nos estudos selecionados, em sua maioria, não têm padronização para população brasileira, e tampouco pesquisas que verifiquem sua confiabilidade e validade para o contexto específico do trânsito brasileiro. Os testes de estrada padronizados, são considerados o padrão ouro para o monitoramento da aptidão de condução em idosos. O tema abordado ainda tem muito a ser explorado, e é de fundamental importância que as pesquisas a respeito da aptidão para condução veicular em idosos continuem, para que se possa ter medidas de segurança mais efetivas.

Downloads

Publicado

2020-11-30

Edição

Seção

Neurociências