Prejuízo nas Funções Executivas Relacionadas ao Uso Abusivo de Álcool: uma revisão integrativa

Autores

  • João Paulo Moreira Di Vellasco Centro Universitário Alves Faria
  • Rejane Soares Ferreira

Palavras-chave:

Neuropsicologia; álcool; funções executivas

Resumo

O consumo de álcool torna-se nocivo quando gera complicações clínicas e psicossociais ao sujeito, sendo este, um grande preditor para dependência, gerada principalmente pela desregulação do sistema de recompensa do cérebro. Este estudo teve como objetivo averiguar o impacto do uso abusivo de álcool nas funções executivas, além de explicitar quais as funções executivas comprometidas e os principais instrumentos neuropsicológicos para sua avaliação. Foi realizado uma revisão integrativa, através da base de dados da BVS-Salud, Scielo, CAPES e Repositório da PUC/RS, onde foram selecionados 10 estudos sobre o assunto com publicação a partir de 2004. Os estudos foram organizados em tabela em ordem de publicação, onde ainda foi descrito os testes utilizados ou indicados por cada estudo, para averiguação das funções executivas em alcoolistas, assim como, quais funções executivas comprometidas e relatadas em cada estudo. Averiguou-se que o álcool impacta no desempenho das funções executivas, principalmente no que tange a memória operacional, o controle inibitório e a flexibilidade mental. Apurou-se ainda, a necessidade de novos estudos longitudinais, levando em consideração o tempo de uso e de abstinência no uso abusivo e crônico de álcool, para melhor compreensão do efeito da abstinência na melhora dos escores na avaliação neuropsicológica e em usuários com faixa etária menor de 18 anos, por não serem contempladas pelo estudo.  Torna-se necessário o aprimoramento dos instrumentos de avaliação e sua realização de forma ecológica, para maior compreensão do real efeito do álcool nas funções executivas.

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Publicado

2020-08-04

Edição

Seção

Neurociências